(anotações feitas em uma viagem rescente)
Estou aqui no terminal de barcos e acaba de chegar um grupo de cerca de 30 adolecentes japoneses / orientais. Além das espinhas na cara, todos têm muitas câmeras digitais e ipods nas mãos. Alguns usam óculos (daqueles de acetato quadrado).
O que mais me impressiona no grupo é o fato de estarem conversando e, mesmo assim, conseguirem ser tão silenciosos. Respeitosos. Fico pensando que se fossem brasileiros, eu não estaria conseguindo escutar nem o som do meu pensamento neste momento...
Pausa para a observação.
Pronto. Do mesmo jeito que chegaram, se foram.
Viva a diferença entre os povos.
domingo, 14 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
A caminho do aeroporto
O aeroporto internacional do Uruguai fica em uma cidade próxima a Montevideo, chamada Carrasco e, por isso, é um pouco afastado do centro / onde tudo acontece. Quando chegou minha hora de ir embora da capital uruguaia, resolvi ir ao aeroporto em um ônibus local, que sai de uma espécie de rodoviária de Montevideo - ou seja, nada de táxi nem vans alugadas.
Esta escolha significa que eu gastaria cerca de 1 hora para chegar ao terminal - tudo bem e dentro da média, se comparada a BH-Confins, Sao Paulo-Guarulhos, etc. Entretanto, o que eu não esperava era que o trajeto fosse ser marcado/recheado pela presença massiva de vendedores ambulantes entrando e saindo do ônibus a cada minuto. Foram tantos que ficou até engraçado (na verdade, ninguém estava ali de brincadeira ou para se divertir, pelo contrário, mas a intensidade chamou a atenção) e achei que valia fazer um registro. Imaginem a situação:
1) dois homens com violão entram no ônibus na parada número 3 e tocam suas músicas para levantar uma "plata";
2) os músicos saem no ponto 4, e, imediatamente, entra um vendedor de meias. Na minha tradução livre, eram "meias esportivas, meias calças, meias soquetes, meias para homens e mulheres, meias para meninos e meninas. meias de todos os tipos e todos os gostos".
3) uma parada a frente - ponto 5 - se aproxima um vendedor de carteiras de couro, que chega a colocar o pé na escadinha do ônibus. Porém, vendo que a concorrência estava a bordo (o vendedor de meias), pede desculpas ao motorista e dá meia volta;
4) no ponto 6, desce o vendedor de meias e subem duas garotas oferencendo condimentos em um pacotinho costurado por elas e outras meninas de uma associação de menores abandonados. Segundo a fala de uma delas, "são 40 meninas que foram abusadas sexualmente e/ou se recuperam do uso de drogas" (novamente, traduçao livre). A dulpa fica uns 3 pontos dentro do ônibus e aproveitam para falar mais sobre a associação para uma tia q tinha um caso complicado na família;
5) por volta do ponto de número 10, entra mais uma doninha, carregada de mil coisas pregadas em uma espécie de arara: piranhas de cabelo, cordinhas para crachá, capa para celulares e bugingangas em geral. Me chama a atenção, o ritmo com que a moçinha fala, tipo para memorizar. Nanananana nanananana e nana na nana. Nanananana nanananana e nana na nana. Coitadinha. Esta nao vende nada, tadinha...
Esta escolha significa que eu gastaria cerca de 1 hora para chegar ao terminal - tudo bem e dentro da média, se comparada a BH-Confins, Sao Paulo-Guarulhos, etc. Entretanto, o que eu não esperava era que o trajeto fosse ser marcado/recheado pela presença massiva de vendedores ambulantes entrando e saindo do ônibus a cada minuto. Foram tantos que ficou até engraçado (na verdade, ninguém estava ali de brincadeira ou para se divertir, pelo contrário, mas a intensidade chamou a atenção) e achei que valia fazer um registro. Imaginem a situação:
1) dois homens com violão entram no ônibus na parada número 3 e tocam suas músicas para levantar uma "plata";
2) os músicos saem no ponto 4, e, imediatamente, entra um vendedor de meias. Na minha tradução livre, eram "meias esportivas, meias calças, meias soquetes, meias para homens e mulheres, meias para meninos e meninas. meias de todos os tipos e todos os gostos".
3) uma parada a frente - ponto 5 - se aproxima um vendedor de carteiras de couro, que chega a colocar o pé na escadinha do ônibus. Porém, vendo que a concorrência estava a bordo (o vendedor de meias), pede desculpas ao motorista e dá meia volta;
4) no ponto 6, desce o vendedor de meias e subem duas garotas oferencendo condimentos em um pacotinho costurado por elas e outras meninas de uma associação de menores abandonados. Segundo a fala de uma delas, "são 40 meninas que foram abusadas sexualmente e/ou se recuperam do uso de drogas" (novamente, traduçao livre). A dulpa fica uns 3 pontos dentro do ônibus e aproveitam para falar mais sobre a associação para uma tia q tinha um caso complicado na família;
5) por volta do ponto de número 10, entra mais uma doninha, carregada de mil coisas pregadas em uma espécie de arara: piranhas de cabelo, cordinhas para crachá, capa para celulares e bugingangas em geral. Me chama a atenção, o ritmo com que a moçinha fala, tipo para memorizar. Nanananana nanananana e nana na nana. Nanananana nanananana e nana na nana. Coitadinha. Esta nao vende nada, tadinha...
(imagem meramente ilustrativa)
terça-feira, 9 de agosto de 2011
vídeos lindos!!
Segundo o site http://www.updatedordie.com/ , seguem 3 vídeos que trazem motivo suficiente para vc se levantar da cadeira e viver a vida por aí!
http://vimeo.com/27243869 - EAT
http://vimeo.com/27244727 - LEARN
http://vimeo.com/27246366 - MOVE
http://vimeo.com/27243869 - EAT
http://vimeo.com/27244727 - LEARN
http://vimeo.com/27246366 - MOVE
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Dica Literária - Parte III
O último poema
"Enquanto me davam a extrema-unção,
Eu estava distraído...
Ah, essa mania incorrigível de estar pensando sempre noutra coisa!
Aliás, tudo é sempre outra coisa
- segredo da poesia -
E, enquanto a voz do padre zumbia como um besouro,
Eu pensava era nos meus primeiros sapatos
Que continuavam andando, que continuam andando,
Até hoje
Pelos caminhos deste mundo."
Mário Quintana
"Enquanto me davam a extrema-unção,
Eu estava distraído...
Ah, essa mania incorrigível de estar pensando sempre noutra coisa!
Aliás, tudo é sempre outra coisa
- segredo da poesia -
E, enquanto a voz do padre zumbia como um besouro,
Eu pensava era nos meus primeiros sapatos
Que continuavam andando, que continuam andando,
Até hoje
Pelos caminhos deste mundo."
Mário Quintana
domingo, 7 de agosto de 2011
Uma aventura mucho loca
Olás!
Sempre escrevo aqui no blog sobre as coisas que penso enquanto estou viajando / em trânsito de forma geral porque acho que estes são momentos especiais.
Queria recomendar outro blog muito legal, que elevou a máxima potência a idéia de documentar um momento de trânsito. Na verdade, estou falando de um registro de uma aventura intensa, que exigiu preparação física, mental e técnica de meses dos participantes e que resultou em algo muito bacana.
Acessem o http://www.firstmountain.blogspot.com/
Mas atenção: começem a leitura dos posts mais antigos para os mais novos. Isso porque, se vc for com muita sede ao pote, corre o risco de perder o mais interessante: o processo da viagem.
Ver o topo não é a questão aqui. O lance é até chegar lá - sem nenhuma analogia.
Ps: Parábens Leo, Bruno, James, Gira e Caê!! Estou doida para ver o documentário!
Sempre escrevo aqui no blog sobre as coisas que penso enquanto estou viajando / em trânsito de forma geral porque acho que estes são momentos especiais.
Queria recomendar outro blog muito legal, que elevou a máxima potência a idéia de documentar um momento de trânsito. Na verdade, estou falando de um registro de uma aventura intensa, que exigiu preparação física, mental e técnica de meses dos participantes e que resultou em algo muito bacana.
Acessem o http://www.firstmountain.blogspot.com/
Mas atenção: começem a leitura dos posts mais antigos para os mais novos. Isso porque, se vc for com muita sede ao pote, corre o risco de perder o mais interessante: o processo da viagem.
Ver o topo não é a questão aqui. O lance é até chegar lá - sem nenhuma analogia.
Ps: Parábens Leo, Bruno, James, Gira e Caê!! Estou doida para ver o documentário!
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