terça-feira, 31 de agosto de 2010

Idas e Vindas em época de Campanha Eleitoral

CAMPANHAS ELEITORAIS

As idas e vindas em épocas de campanha eleitoral sempre ficam mais coloridas – placas de “Dr. Saracura”, banners de “Cabo Zezão”, faixas de “Fulaninho da Ambulância” enfeitam as ruas das cidades brasileiras entre agosto e outubro dos anos eleitorais. Ao cruzar a cidade ou ao fazer um breve passeio a pé é impossível não ver, pelo menos, um exemplar da criatividade alheia.
Inclusive, estive pensando o quanto a “indústria do voto” gera empregos e desenvolve as comunidades locais. Imaginem só a quantidade de gente que aprendeu e/ou exercitou suas habilidades no Photoshop ultimamente? É só pensar que, para cada carinha ridícula que você vê em um santinho por aí, existe alguém que retocou o rosto daquele infeliz.
Além disso, o que seria dos “impostadores de bandeiras” da Savassi sem os candidatos ao governo do estado? Acredito que a população da região triplicou durante o período de eleição – e com isso, a demanda por restaurantes, hospedagem, transporte, sessões de descarrego, etc.
Entretanto, o que mais me chama a atenção neste circo eleitoreiro é o que as pessoas fazem dele. Talvez meu interesse nisso se justifique pela minha própria incapacidade de escolher um candidato descente entre um ruim e outro pior.
De qualquer forma, considero que é inevitável sorrir ao ver o cartaz de um candidato pichado, a imagem de um político artificialmente banguela, ou o vídeo de um palhaço querendo ser um deputado federal. Sendo assim, faço minha contribuição ao vandalismo político neste blog.
Conheçam a minha versão do velho cretino Newtão.


Ps: gostou? Mande sua contribuição e ela poderá ser publicada neste blog!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

ME LAVE

Prezados,
Meu carro está entrou em estágio “calamitoso” de sujeira...
Há dias, tenho observado que os lavadores de carro não têm me oferecido mais para dar aquela geral no veículo – ninguém mais diz: “Oh dona, vamo lavar hoje?”.
Pelo contrário. Quando estaciono, procuro pelo lavador na rua, mas logo eles se escondem atrás de outros carros (mais limpos que o meu). Ganhei até isenção de gorjeta, pois não me cobram mais!

Entretanto, esta história chegou a seu ápice na semana passada. Ao sair do trabalho, encontrei meu carro na rua (do jeito que eu o deixei lá), porém com um recado: um “ME LAVE!” escrito no vidro traseiro com a própria sujeira do carro... Um grito de misericórdia! “Me lave”! Ironicamente, achei o mááááximo que meu carro tinha se transformado em brinquedo dos meninos que passam na rua! Molecagem. Mas havia algo estranho naquele recado... tinha uma palavra que estava difícil de identificar. “Me lave p... l... e... a... s... e....”. “Please”?!?!?!? Como assim? Estes moleques estavam muito espertinhos. Sabiam até escrever em inglês! Uau! Curioso, mas quem mais poderia ser?!

Na manhã seguinte, quando cheguei ao trabalho, descobri que meus coleguinhas, com dó do meu carro, escreveram aquela súplica! Hehe

Por um momento, pensei que até os moleques já estavam se preparando para a copa e escrevendo recados em inglês!

Ps: e se vc pensa que depois disso lavei o carro, vc está enganado...

domingo, 15 de agosto de 2010

camera+celular

efinitivamente, os celulares com câmeras já provaram sua grande utilidade para mim – inclusive, desde a criação deste blog, ela ficou mais evidente. Eu não tenho que andar com dois equipamentos eletrônicos na bolsa (um celular e uma câmera), não corro o risco de estar com a máquina em casa quando mais preciso dela comigo, além de ter a possibilidade de registrar alguns momentos preciosos com considerável discrição. Citar-lhes-ei um exemplo corriqueiro.



Outro dia, caminhava pela rua enquanto pensava na vida, quando de repente, reparei que, em minha frente, havia um sujeito com uma mancha na calça... bem no popozão. Cheguei mais perto (discretamente, é claro) para ver. Aquela mancha não “era um pássaro, nem um avião” – era um super chicletes!!


Ao constatar esta (in)feliz situação,rapidamente, enviei a mão na bolsa para pegar meu celular e registrar o momento. (Nossa, eu não podia perder esta! Tinha que colocar no Idas e Vindas!) Com todo jeitinho e astúcia, consegui tirar uma foto do traseiro melecado (arhh!) sem levantar suspeitas!! (imagine se o sujeito vira e me vê com uma máquina fotográfica na mão, rindo e tirando uma foto da bunda dele??!! Com o celular, eu poderia pelo menos fingir que estava ligando, ou escrevendo uma inocente mensagem!)


Voltado ao chicletes, fiquei pensando quanto tempo iria levar para alguém dizer ao pobrezinho do traseiro que ele tinha sentado num chicletes... Quem seria a alma caridosa que lhe pouparia de mais algum constrangimento?


Não, não fui eu.

domingo, 8 de agosto de 2010

É impressionante como a culpa é algo poderoso, e por isso, capaz de mudar a opinião de qualquer um em questões de segundos. Comecei a pensar nisso outro dia, no trânsito, em uma das minhas idas e vindas. Como pé quente que sou, me estressar com o motorista que está na minha frente é algo corriqueiro. Barbeiros, lerdos e imperitos, de forma em geral, deveriam ser banidos das ruas para todo o sempre. Sem dó nem piedade. Quando cruzo com um destes, eu xingo, buzino,tento uma ultrapassagem, amaldiçôo 3 gerações do infeliz. Faço tudo isso na certeza de que estou no meu direito de motorista, cidadã e pessoa que anda sempre atrasada por aí.



Porém, outro dia, percebi que uma certa cabeleira branca e um conjunto de rugas “atropelaram” meu estômago enquanto que eu estava em meu (merecido) ataque de ira motorizado. Eu destilei toda a minha raiva contra (imaginem) um adorável velhinho – daqueles tipo Seu Firmino, porteiro do Carrossel. Ele dirigia seu carro, talvez na mesma marcha que conduziriam seus próprios passos, tomando o maior cuidado com os buracos e poças d’agua e eu só fui capaz de apressá-lo e, insensivelmente, passar por cima dele. Ai, que vergonha. Quase morri de dor no coração e de vergonha dos meus pais, das minhas queridas e vigorosas avós.


Agora, antes de xingar ou buzinar, procuro olhar bem para ver se o motorista não é nenhum velhinho. O problema é que não ando enxergando muito bem mais. Acho que a idade está chegando... Por acaso, você teria um bom médico para me indicar, meu filho?