quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"quebre a perna"



Hoje não quis contar nada no caminho. Logo que entrei no carro, comecei a escutar uma música que me lembrou minha querida amiga Juju. A última vez que a vi foi em sua despedida, a cerca de 5 meses atrás, quando estava de partida para o velho mundo (estou eliminando o skype, pois encontros são experiências reais, em 3 dimenções, no mínimo).

Comecei a pensar como devem ser as idas e vindas dela por lá: ir no supermercado, viajar pelo continiente, metrô para universidade, passeio no parque tomando sorvete, volta das noitadas, etc.
Na verdade, quando a gente está em um lugar diferente - novo para a gente - as idas e vindas são sempre muito ricas e divertidas... A gente enxerga as pessoas, as bizarrices, as cenas engraçadas. É muito bom, por que qualquer ida até a esquina é uma aventura!!!

Outra coisa que é engraçado sobre ir e vir em uma cidade que não é a sua, é a falta de noção do que é bom, do que é ruim, do que é perigoso, do que novidade... Sabe aqueles "conceitos" - ou melhor, convenções sociais - que reinam?? Por exemplo, às vezes, existe um bar suuper bacana em um determinado bairro, mas ele está em uma região onde reina a "cultura sertaneja". Daí, se vc perguntar para alguém que mora na cidade, o local será classificado com sertanejo - mesmo não sendo.

Exemplo 2 (este é verídico): outro dia eu estava caminhando pelo Rio de Janeiro, querendo conhecer a região do hotel onde eu estava hospedada. (Peguei um mapinha na recpeçao do hotel, só para garantir).
Me orientei pelo mapa e pensei: sigo até a rua x e vir a direita quando aparecer a avenida tal. Estava eu caminhando alegremente e nada da avenida tal aparecer. Continuei caminhando acreditando que a escala do mapa estava errada e que a avenida poderia aparecer a qualquer momento. Comecei a perceber que as ruas estavam um pouco diferentes, que os prédios eram mais velhos e levemente mais mal cuidados. Puni meus pensamentos por me levarem a pensar que eu estava no Rio de Janeiro então tudo poderia ser perigoso e, com o peito estufado, segui.
Não mais do que de repente, dei de cara com 3 policiais, que me olharam sem entender o que eu fazia ali. Daí eu entendi: estava no pé do conjunto Pavão-Pavãozinho (morro do Cantagalo), com a maior cara de turista!

hehehe (mas foi divertido!!)  :o)

Acho que, daqui para frente, é isso que vou desejar para as pessoas queridas que viajam.Ao invés de dizer "boa viagem", vou desejar que elas se percam nos lugares, que passem por "apertos". Que elas andem pelas ruas entortando o pescoço para ver dentro das casas e para enxergar as igrejas até o ponto mais alto da torre. Que quase tropecem quando se distrairem com alguma coisa nova ou olhar penetrante que receber.

Vai ser tipo um "quebre a perna"!!

Um comentário:

  1. Oi Miroca!! Que delicia ver meu nominho presente não só no blog, mas no seu dia! ficou a curiosidade: que música era? E quando ao post, to super de acordo! sempre recomendo que as pessoas façam uma boa deriva nos lugares, é o melhor jeito de conhecer a cidade pela sua alma, e não os tradicionais pontos turisticos... onde só se encontram turistas! e tem sido uma delicia derivar por BCN! Saudades miroca, o site tá bacana demais!!! aproveito pra divulgar o meu, que anda meio abandonado, mas logo volto a ele: achadosembcn.blogspot.com besitos cheios de saudade!!!

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